sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
Do Verão Até O Inverno
Do Verão Até o Inverno
______§§_______
Sonho um dia em qualquer lugar
Envolver-te em meus braços
Numa ilha deserta ou velejando em alto mar
De mãos dadas e pés descalços
Sonho um dia te ver sorrindo
Tornar-nos donos do nosso paraíso
Um mundo novo dividindo
Descobrindo que te ter é preciso
Sonho um dia te envolver em paixão
Dar adeus a solidão
E lhe jurar amor eterno
Sonho um dia viver ao seu lado
Ser eternos namorados
Do verão até o inverno
______§§_______
Altair Feltz
______§§_______
Sonho um dia em qualquer lugar
Envolver-te em meus braços
Numa ilha deserta ou velejando em alto mar
De mãos dadas e pés descalços
Sonho um dia te ver sorrindo
Tornar-nos donos do nosso paraíso
Um mundo novo dividindo
Descobrindo que te ter é preciso
Sonho um dia te envolver em paixão
Dar adeus a solidão
E lhe jurar amor eterno
Sonho um dia viver ao seu lado
Ser eternos namorados
Do verão até o inverno
______§§_______
Altair Feltz
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
TODA FLOR
Toda Flor
_____§§_____
Toda flor tem sua cor
Seu perfume e sua essência
Toda flor tem uma carência
Assim como o amor
Toda flor tem um verde a sobrepor
Também suas beneficências
Quem sabe explique a ciência
O porquê de tanto albor
Sobre a flor sempre vão compor
Na letra da canção até na dor
Ou na interpretação do ator
Pois a flor é poesia para o escritor
E quando se fala de amor
Justo será ter uma flor
______§§______
Altair Feltz
terça-feira, 16 de setembro de 2014
sábado, 6 de setembro de 2014
quinta-feira, 4 de setembro de 2014
Se Eu lhe Dissesse Que Te Amo
Se Eu lhe Dissesse Que Te Amo
_______§§________
Se eu e lhe dissesse que te amo acreditarias?
Sim, eu te amo e sempre te amarias
Pois tu sabes que meu amor é verdadeiro
Todos os anos, de janeiro a janeiro
O que talvez tu não saibas
É que jamais vou deixar de lhe amar
É tanto amor que nas nossas vidas já não caibas
Para que sozinho no peito eu possa carregar
E eu pergunto, se tu me amarias igual?
Atravessar fronteiras da terra natal
Só para estar ao lado do meu grande amor
Sem me constranger de ao seu lado me expor
Se quiser saber o quanto eu te amaria
Em seu peito tu me levarias
Descobriria como seria bom se nos amassemos
E as nossas esferas fluíssem ao máximo
Imagino que meu coração ainda é seu
Mas não quero um amor diferente
Como um peregrino ama a Deus
Nem um amor tão ausente
Mas vou provar que o nosso destino
Neste amor absoluto está traçado
E que desde menino
Sonhei em viver este amor ao seu lado.
______§§______
(Altair Feltz)
_______§§________
Se eu e lhe dissesse que te amo acreditarias?
Sim, eu te amo e sempre te amarias
Pois tu sabes que meu amor é verdadeiro
Todos os anos, de janeiro a janeiro
O que talvez tu não saibas
É que jamais vou deixar de lhe amar
É tanto amor que nas nossas vidas já não caibas
Para que sozinho no peito eu possa carregar
E eu pergunto, se tu me amarias igual?
Atravessar fronteiras da terra natal
Só para estar ao lado do meu grande amor
Sem me constranger de ao seu lado me expor
Se quiser saber o quanto eu te amaria
Em seu peito tu me levarias
Descobriria como seria bom se nos amassemos
E as nossas esferas fluíssem ao máximo
Imagino que meu coração ainda é seu
Mas não quero um amor diferente
Como um peregrino ama a Deus
Nem um amor tão ausente
Mas vou provar que o nosso destino
Neste amor absoluto está traçado
E que desde menino
Sonhei em viver este amor ao seu lado.
______§§______
(Altair Feltz)
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
SEREIAS DA ILHA DO MEL
E-Livro
Conto de se apaixonar com muito mistério
SEREIAS
DA ILHA DO MEL
Paradisíaca rodeada por mares e
praias lindíssimas, dona de um dos mais belos cartões postais do Brasil. E
porque não dizer também como uma das maiores belezas do litoral do Paraná.
Assim é a Ilha do Mel. Apesar desta beleza toda entre rios, matas, pedras e
rochedos, praias, pomares, pássaros e tudo que se possa imaginar num paraíso
rodeado por mares, esta ilha já escondeu muitos mistérios no passado. É o que dizem os nativos, baseado nas
histórias e contos dos antigos moradores nas proximidades da Praia das Conchas.
Comentam que antigamente se ouviam
cantos ao entardecer, ao amanhecer, e algumas vezes até nas madrugadas, em meio
às rochas próximas ao farol. Eram cantos às vezes sombrios, ou outras vezes
atraentes vindos dos rochedos e cavernas ainda existentes na região sul da
mesma ilha.
Muitos se viam atraídos por estes
cânticos, mas os ruídos, misturados com os ventos, deixavam aquelas vozes
sombrias e o lugar assustador, apesar de toda sua beleza.
Os pescadores e tripulações de
pequenas embarcações se deslumbravam com aqueles magníficos corais de vozes
semelhantes a orquestra ritmada pelos
ventos, o barulho das ondas e as folhas das arvores. As embarcações passavam ao
lado dos morros, tendo como ponto de referência o famoso farol, indo pela orla
que leva à baia de Paranaguá berço do Estado do Paraná.
Diz a lenda que assim os pescadores
e donos de barcos cruzavam este pequeno braço de mar passando pela ilha. E por
mais que soubessem que ao lado sul tinha as águas mais agitadas, alguns se
sentiam tentados a atracar naquele lado. Uns o faziam pela beleza do lugar, outros pelo sossego,
mas a maioria, por assim dizer, pelo cântico de vozes femininas.
Muitos não chegavam nem na praia.
As ondas levavam as embarcações para junto das pedras, tendo seus barcos
destruídos e afundados. A a morte como principal consequência.
Mas aos que tiveram o privilégio de
descer na areia, testemunhavam coisas fora do comum. Quando não havia
tempestade e nem ventos, em determinadas épocas, as águas eram tranquilas e
calmas. Mas não deixava de apresentar riscos, já que a correnteza era forte.
Talvez aí, que uma única distração poderia ser fatal.
Os navegantes solitários eram as
maiores vítimas, já que, sem ajuda, se viam em apuros toda vez que precisavam
de socorro.
O farol era só um meio de
orientá-los e, dependendo do tempo, com neblina e a noite, a dificuldade de
locomoção era grande, tornando a navegação arriscada. Por isso ao avistar esta
parte da ilha, muitos se viam obrigados de alguma forma a desembarcar sempre
que quisesse esperar a tempestade passar ou por que tinha dificuldade para
navegar, isso por causa da falta de visibilidade no mar em virtude de tanta
nebulosidade.
O que era preocupante, pois naquela época era
quando muitos navegantes deparavam com aquelas embarcações sozinhas e sem
tripulantes. Ninguém avistava nenhum marinheiro, e elas só eram avistadas
novamente dias depois, atracadas ou muitas vezes à deriva em alto mar. Alguns
diziam ver corpos boiando, os quais mais tarde a correnteza levava para longe. Poucas
vezes se ouvia falar em que os donos destas embarcações voltavam de seu
descanso em meio às rochas para seu barco.
Aí ficavam as indagações. O que
então acontecera a eles quando atracavam nestes lugares da ilha?
Tudo era um mistério, já que ninguém
testemunhara ou soubera algo sobre algum ataque de bichos naquela região. A
conclusão mais óbvia era que realmente todos foram vítimas de afogamentos,
apesar dos nativos não pensarem desta maneira.
Os tais causos contados por estes
habitantes da ínsula, eram motivo para chacotas para com os outros marinheiros
incrédulos, mas ficava sempre uma pergunta sobre este mistério. Se eles
morreram por que só alguns disseram ter visto seus corpos? Alguns nativos, contrariando as histórias que
já eram costumeiras, contam que na verdade, devido as fortes tempestades, este marinheiros e
pescadores atracavam naquele lado da ilha em busca de abrigo durante as
tempestades. Ali encontravam refúgio nas grutas, e nas fendas entre as pedras
para descansar e assim se protegerem das chuvas. Mas muitas vezes a maré enchia
e invadia estas fendas, afogando assim os navegantes.
Estas eram as melhores respostas e
de fácil conclusão para os fatos ocorridos, uma vez que as famílias e amigos
destes marinheiros e pescadores não queriam aceitar, em hipótese alguma, tais
histórias que contavam que os marinheiros e pescadores deparavam com mulheres
nuas cantando e encantando atraindo homens para o fundo das cavernas de alguma
forma, e assim depois desapareciam.
Narrando da forma mais comentada e
já existente nos contos comuns, neste lado sul da Ilha do Mel, existe uma gruta
chamada Gruta das Encantadas. Na época quando aconteciam tais episódios,
segundo a lenda, os pescadores se deslumbravam com jovens mulheres que dançavam
sensualmente nuas ou com apenas aquelas vestes de folhagens como nas danças
havaianas. Dançavam elas nas aberturas das grutas, festejando o nascer do sol.
Estas belas mulheres encantadoras
faziam das suas belezas um atrativo, tornando aquilo para qualquer homem um feitiço
mortal. Sempre que suas vozes doces e afinadas entoavam uma canção, alguns
pescadores solitários se distraiam e então largavam de seus remos e se
deparavam com um morro local onde se encontrava o farol. Ali viam suas embarcações destroçadas e espedaçadas
com fortes pancadas da água, ao serem impulsionadas pelas ondas até as rochas.
Por fim, aquilo dava cabo de suas vidas, hipnotizados que estavam pela canção.
Alguns nativos também comentavam
que aqueles que ainda desciam de seus barcos na areia deparavam com alguma
destas mulheres. Deslumbravam-se tanto que quando elas entravam na água,
convenciam estes marinheiros a nadar com elas. Por algum motivo eram tomados
pelo cansaço e não conseguiam voltar para o raso e afogavam-se.
Ao final de tarde, quando o sol ia
embora, as ninfas cantantes, conhecidas também e apelidadas como sereias,
desapareciam e tornavam reaparecer pela manhã. Ainda há quem diga que durante a
noite elas entravam no mar. Neste momento via-se que parte de seu corpo tinha
escamas, e da cintura para baixo as pernas já não existiam. No lugar delas se
formava uma longa calda de um peixe com uma enorme nadadeira. Punham-se a
cantar novamente ao escurecer.
A noite caía e o que parecia apenas
um atrativo, a calmaria o silêncio também assustava os nativos.
Eles se perguntavam que mistério
existia por de traz de tudo aquilo?
Hoje a Ilha do Mel é um local de
visitação e um centro turístico conhecido em todo o mundo principalmente pelas
praias, recifes, rochas, matas e um lindo por do sol.
Ali as areias brancas e macias
trechos de águas mansas nas prainhas onde as ondas do Atlântico, em revoluções
constantes, vêm se acalmar segundo alguns contos.
O cenário é um atrativo fantástico.
Dizem os pescadores que vivem próximos a praia das conchas nos dias de hoje,
que antigamente as mulheres que moravam nestas grutas, eram belas e
encantadoras.
E além dos navegantes, muitos
cortavam caminho pelas matas para chegar até o local. O mito alimentava a
curiosidade dos homens, pois as belas histórias enchiam o peito de alguns que
buscavam diversão, outros apenas para apreciar as histórias, aumentando o
desejo de ver as belas mulheres nuas que moravam lá.
Mas apesar da curiosidade, o
caminho até as rochas era muito sombrio e perigoso, assim contam os mais antigos
que ainda vivem na ínsula. Muitos nativos com o intuito de proteger aquele
espaço localizado na tão charmosa ilha, tentavam impedir que curiosos chegassem
até aquele lugar. Isso para que não espantassem as tais sereias, que na época
já atraiam pessoas pela curiosidade. O certo é que de alguma forma tudo aquilo
gerava lucros para a região. Outros, entretanto, diziam apenas que queriam
protegê-los dos possíveis perigos que aquele lugar trazia.
Segundo os relatos, já se dizia que
muitos que foram ali jamais voltaram, e os que tiveram a sorte de retornar,
fugiram da ilha com medo que algo os perseguisse.
Assim conta a lenda, apesar de
muitos insistirem que boa parte de tudo que era contado, era real.
Supersticiosos evitavam passar a metros do caminho, enquanto os mais curiosos
se sentiam tentados a ir até as grutas.
A fantasia de alguns pescadores e
visitantes recém-chegados àquela ínsula, eram inúmeras, já que a maioria, por
fim, eram solteiros e ficavam a imaginar o que podia tais mulheres fazer com
eles!
Com esta imaginação e a pouca
informação, causava euforia e excitação à maioria dos homens. Mas em meio
tantos fatos e boatos assustadores, uma delas ficou marcante.
Ouviu-se dizer também que um destes
curiosos insistiu em ir até a tal gruta, cortando caminho pela floresta. Este
era um jovem rapaz do tipo valente, movido mais pela curiosidade. Conseguiu ele
despistar todos e se embrenhar por aquela parte mais deserta da ilha. Tentava
ele se aproximar da tão famosa gruta, satisfazendo assim sua imensa
curiosidade. Juravam as pessoas, dando continuidade a possível história, que
este jovem rapaz tinha encontrado uma destas tais mulheres misteriosas narrada
nas lendas.
Andava ele pelo caminho, de facão
na cinta e um pequeno punhal nas mãos. Mas antes mesmo de chegar às rochas a
tal mulher ou ninfa sereia, encontrou-o primeiro. Ela era uma bela jovem de pele morena, cabelos
longos e negros como a noite, quase como a maioria das nativas da ilha, só que
uma exuberância a mais, ou de menos: encontrava-se quase seminua. Apesar
daquele olhar misterioso, aquela pele inteira bronzeada e sem marcas de
qualquer coisa, tinha um brilho majestoso, misturado a um sorriso de derreter
qualquer coração masculino.
Assim sendo, com o jovem rapaz não
foi diferente. Vestida apenas com pequenos pedaços de véu, cobrindo apenas as
partes íntimas. Deixava assim de fora as partes esculturais de seu corpo
desenhado pela natureza. A beleza daquela bela moça era estonteante, tanto que
deixou aquele belo rapaz enaltecido.
O valente, e já amansado pelo olhar
da moça, mesmo também tendo seu lado atrativo, curvou-se diante da graciosidade
dela. Era costumeiro que cada homem que cruzasse à frente delas se via seduzido
e era levado por elas até seu reduto. Ali tinham suas vidas usurpadas e
consumidas pelos seus feitiços. Mas com aquele rapaz tudo foi diferente das façanhas narradas pela
lenda e contada pelos nativos.
O que se via ali também era uma
jovem apaixonada e, ao contrário do que contava a lenda, era ela que sedia aos
encantos do belo rapaz.
Talvez por isto que ele tenha sido
um dos únicos a voltar ileso, ou quase. Algumas vezes quando viam aquele
valoroso jovem voltando do caminho, parecia que ele estava quase vencido por
algum tipo de batalha.
Ou outras vezes vinha ele com um
sorriso bobo e olhar fixo ao horizonte, dando entender que além de cansado,
estava também muito apaixonado.
Voltando àquele dia, o valente e
astuto rapaz, mesmo admirado com a beleza da jovem moça, ainda tentava
prosseguir, embora ela tentasse cercá-lo de um lado ao outro, como se quisesse
impedi-lo de chegar até as rochas. Talvez fizesse aquilo para que ele não fosse
seduzido por outra, além dela. Ou então com a intenção de tomá-lo para si
naquele momento. Este, movido pela serenidade e a beleza da jovem, não
conseguiu ir adiante e, num outro canto da praia, em meio algumas pedras, tomou
a bela jovem em seus braços e ali se consumava o que parecia óbvio acontecer.
Tudo teria acontecido como com um
casal normal, se não fosse o fato de ela não ser uma mulher como todas as
outras. Tudo estava tão maravilhoso que as horas passaram voando.
Era quase final de tarde quando ela
nua se levantou, se despediu do rapaz num dialeto desconhecido e, com poucas
palavras, virou-se rapidamente sumindo entre os arvoredos.
Ele levantou-se rapidamente, tentou
segui-la, mas ela, com a mesma agilidade com que também tinha se levantado, não
lhe deu tempo para alcançá-la.
Mesmo que tentasse, já estava quase
escuro e se não voltasse logo, seria presa fácil para qualquer coisa que
adentrasse a mata, mesmo que fosse uma cobra ou um inseto venenoso.
Então, rapidamente retornou para a
parte povoada da ilha. A nobreza e a coragem daquele jovem rapaz até inspirou
outros a tentarem se aventurar. Mas os resultados eram os mesmos: uns voltaram
assustados sem nem mesmo chegar aonde pretendiam, outros, como já foi dito,
simplesmente jamais voltaram.
Quanto ao jovem apaixonado, ele
repetiu o feito das outras vezes, tentava ir adiante. Mas quando não encontrava
sua amada, se sentia cansado e desistia de prosseguir. Talvez porque estava
acostumado com os encontros pelo caminho. Assim, quando pensava em prosseguir,
já estava quase por escurecer.
Os dias passavam e mesmo quando ela
não aparecia, ele se punha no mesmo lugar de sempre à espera daquela deusa
morena que encantava os olhos de qualquer marinheiro.
Em uma bela tarde, estava ela
sentada, escovando o cabelo sob o sol e a brisa do vento, como costumeiramente
fazem a sereias de outros contos. Estava seminua com sua pele dourada, sorriso
no rosto o qual enaltecia a mente ensandecida pela paixão daquele rapaz. Muitas
vezes, mesmo antes de se aproximar e tocá-la, ele a admirava meio que de longe.
Era como se tivesse apreciando uma pintura numa exposição.
O passar dos dias eram lentos até.
Mas era no melhor daquele momento a dois, que a noite separava o valente apaixonado,
da doce sereia. Ela partia deixando seu doce amado em estado de aflição. Sempre
de alguma forma, antes que a noite caísse, ela fugia. Entretanto, num daqueles
finais de tarde, o rapaz, em polvorosa, com as constantes fugas da sua amada,
resolveu dar um basta em tudo aquilo.
Perturbado com a possível ausência,
temendo a demora dela em voltar outras vezes, ele usou de sua força numa
daquelas tardes. Antes que ela levantasse, segurou-a firme pelos braços. Ela se
debateu para escapar, até tentou se livrar, mas começou ficar enfraquecida. Por
causa disso, sua pele úmida foi ficando mais seca. Ela tentava respirar, mas
com todo esforço que fez, não conseguia seu intento. O rapaz olhou para ela que
parecia fraca e quase morta. Com isso, ficou então preocupado.
Julgando pelas histórias que
contavam, acreditou que ela fosse mesmo
uma sereia como diziam. Resolveu então soltá-la, mas ela já não conseguia se
levantar. Neste momento não sabia o que fazer. Contudo, não podia deixar que
sua amada ali morresse. Pensou rápido, pegou-a em seu colo e a levou até a
praia.
Primeiro a deitou na areia,
molhando seu rosto com o resto das ondas na beira da praia. Como não conseguia
despertá-la, tendo em vista que a mesma se encontrava desmaiada, pegou-a
novamente no colo. Foi então com ela até onde ele pudesse ficar de pé,
mergulhou-a um pouco e em alguns instantes ela despertou. Neste instantes a
seria olhou para ele e saiu nadando como fazem os golfinhos, por fim
desparecendo após um mergulho.
Depois daquele dia, ela não voltou
tão cedo ao local dos encontros. O jovem rapaz, por sua vez se aproximava das
rochas tentando chegar até a gruta, mas o lugar onde ele estava era alto e
teria que descer, colocando sua vida em risco.
Temendo se aproximar mais e acabar
por fim sendo engolido por uma onda, ficava apenas a empreita, na esperança de avistar, mesmo
que de longe, a sua amada sereia.
Mas o que fazer, se ele precisava
rever sua amada?
Ele tentou por diversas vezes, de
todas as maneiras, mas foi em vão, até que acabou por desistir. Porém certa
manhã, como de costume, ele estava sentado em cima da rocha, ouvia misturado ao
barulho do mar e o vento uma canção ao longe. Ele sorria e, soube logo que era
ela que tinha voltado. Então, virava de um lado a outro até que ao longe, do
outro lado do morro, a avistou. Tinha dificuldade para vê-la por causa do
brilho intenso do sol.
Mas dava para avistá-la acenando
para ele. Os dois se entreolhavam até que, mortos de ansiedade, correm para os
braços de um e outro.
A partir de então, por muitas vezes
os dois tinham seus encontros desta maneira, já que ele sabia o segredo da tal
moça.
Apesar de todos os perigos e
suspenses com relação à lenda o jovem rapaz sentia-se sempre seguro ao lado
dela e, mesmo com a dificuldade de diálogo entre os dois, percebia-se que o
amor deles era recíproco.
Mas certo dia, já no outono, era
comum, que os acontecimentos costumeiros na gruta cessassem durante as épocas
frias. Para surpresa do rapaz, no início daquela estação, houve o sumiço das
mulheres das pedras e com elas a tal
jovem sereia despareceu também.
O rapaz apaixonado desesperou-se
pois sabia que num daqueles momentos, antes do outono, aconteceria o último
encontro. Por isso, os dois ficaram o máximo de tempo juntos sob as rochas até
que ela se despedir e sumir novamente.
Por meses o jovem rapaz procurou
por ela, até se arriscou sobre a costa perigosa da ilha, na esperança de vê-la
novamente. Os amigos tentavam impedi-lo, mas ele estava obcecado e inconformado
com a partida de sua amada, pondo-se a gritar por toda a praia chamando por seu
nome.
E foi assim por mais de seis meses.
Neste período, parte da ínsula ficava desabitada, mas os poucos moradores
diziam que o lugar assim ficava até mais tranquilo.
Mesmo com o lugar quase deserto, em
meio à chuva, o frio e os ventos constantes que açoitavam a ilha, o jovem
pescador, não arredava o pé de lá. Era alimentado pelos nativos. Ele passava
seus dias e, por longas horas, perambulava por entre a mata, ou ficava sentado
na mesma rocha onde buscava recordar-se dos encontros com a sua doce sereia.
O outono partia, vinha o inverno
trazendo mais desconforto para a mente e o corpo do jovem marinheiro. Aquilo o
deixava mais angustiado e sem qualquer motivação para continuar a sua vida de
outrora antes de se apaixonar.
Os meses foram passando, e os
nativos solidários comentavam sempre que se propunham ajudar o rapaz. Diziam
eles que já tinham visto casos de deslumbramentos, pelas tais sereias, ou pelos
cantos melodiosos delas, mas nunca um que se apaixona tanto por uma delas,
muito menos um destes navegantes tivera um caso antes.
Nos dias de hoje, conta-se que
outros casos como o do rapaz já houvera acontecido, mas nenhum tão emocionante
como o dele. Todos se contentavam apenas com um breve romance ou flerte. Mas
aquele moço foi diferente, ele foi valente e, apesar de sua coragem, caiu nas garras do amor.
Entretanto, bravamente acreditou
que um dia ela voltaria. Assim esperou
por meses, quase com a certeza de que um dia ela estaria em seus braços
novamente. Nem nos tempos mais agitados, cansado e às vezes doente, perdeu suas
esperanças.
Todos na ilha sabiam que o caso
daquele rapaz era raro. Os perigos nas épocas em que as sereias que ali
habitavam eram eminentes e isso trazia consequências terríveis.
Os meses passaram e em meados de
primavera, o mancebo valente passeava entre os arvoredos, quando ouviu um breve
canto. Imediatamente reconheceu aquela voz doce e suave vindo das rochas como
antigamente. Ele correu como um antílope. Seu peito parecia explodir de
ansiedade. Eis então que lá no alto, com uma flor no cabelo, com a pele
brilhando como de costume, sob o sol a sua bela e linda amada sereia estava de
volta.
Naquele momento todas as suas
angústias sumiram, a saudade cessara, um belo sorriso e uma troca de olhar
entre os dois obrigaram-nos a se abraçarem.
Todos na ilha sabiam do romance
daquele rapaz com a ninfa das encantadas, mas poucos testemunharam a presença
dos dois. Sabiam apenas que ele sempre se embrenhava pelos arvoredos e a
esperava na rocha. Mas estava estampada no rosto e na expressão do rapaz que
aquilo não era ilusão. Tanto que quando ouvia o canto da tal moça, e o rapaz
correndo ao encontro dela no mesmo local todo feliz, podiam ter certeza ou não
da existência dela.
Mas que mesmo numa fantasia da
cabeça dele, ela tinha voltado. Para quem diz ter testemunhado a presença dos
dois, aquela foi a última vez que foram vistos. Ninguém sabe dizer o porquê
exatamente do motivo que levou uma daquelas moças a se apaixonar por um
pescador ou marinheiro.
Que um homem viesse a se apaixonar
intensamente por uma delas, sim, isso era totalmente plausível. Contudo aqueles
que testemunharam ou as viram, afirmavam que elas eram lindas e encantadoras, a
ponto de deixar qualquer homem louco.
Ficou apenas a curiosidade, de que
pudesse ter acontecido com o Valente Rapaz e A Linda Sereia?
Uns dizem que ela o largou
novamente e ele foi embora, mas ninguém o viu retornar de lá. Outros afirmam
que um dos nativos chegou a ver o rapaz apaixonado que entrou com sua amada no
mar e sumiu dali.
Conta-se também que ela
engravidou-se de uma menina e deixou de ser uma sereia.
Não importa o que aconteceu. O que
se sabe é que os dois foram embora juntos e, de alguma forma, podem ter vivido
felizes até morrerem. Falam por aí que descendentes dela ainda moram nesta
ilha, e também, segundo a lenda ou folclore, conta-se que as mulheres
descendentes das tais sereias das encantadas, mergulham a noite e contemplam o
nascer do sol com rituais não muito comuns.
Isto pode ser apenas lenda, mas uma
verdade ainda existe: os mistérios continuam por detrás daquelas pedras.
Hoje a ilha é apenas um ponto
turístico, mas o mistério sempre vai ficar no ar.
Se a história foi verdadeira, o que
aconteceu com as mulheres das grutas?
E o que levou tantos homens a
desaparecessem entre as fendas das rochas?
Há quem diga que com o tempo, o
medo que tinha os homens daquelas tais mulheres foi transformado em desejo de
se casar. Por este motivo, invadiram, em grupos, tomando estas mulheres como
esposas. Outros dizem que pela calmaria que ficou hoje o lugar, elas
mergulharam e desapareceram, indo embora para outras ilhas.
Esta é só mais uma das histórias,
lendas e mistérios da ilha. Se quiser saber mais, visite-a, porque além do
encanto deste lugar magnífico, pode haver muito mais mistérios, os quais você
possa descobrir visitando a Ilha do Mel.
Só tome cuidado! Se por acaso for
até as grutas, não vá sozinho!
Por; Altair Feltz
terça-feira, 12 de agosto de 2014
segunda-feira, 12 de maio de 2014
Meu Coração Vai Te Buscar
Não posso te impedir de ir
Nem adianta implorar para você ficar
Mas eu sei que não vai conseguir
De seu coração me arrancar.
Você vai me sentir
Quando em pensamentos te chamar
E no caminho vai desistir.
E para meus braços vai querer voltar
Este amor vai te consumir
Teus olhos ainda vão chorar
E se ainda assim for insistir
Meu coração vai te buscar
(Altair Feltz)
terça-feira, 29 de abril de 2014
quarta-feira, 16 de abril de 2014
VENERANDO-TE
VENERANDO-TE
Cubro-te de beijos
Encho-te de abraços
Venero-te em desejos
Eu trilho teus passos
Tu me encantas ternura
Nosso amor não tem hora
Tu és a coisa mais pura
Que eu preciso agora
Dou-lhe meu carinho
Dedico-lhe uma canção
Não importa qual será o caminho
Levar-te-ei no meu coração
Tu és quem venero
Em sentimentos e ardor
Tudo que eu mais quero
É lhe dar o meu amor
(Altair Feltz)
Cubro-te de beijos
Encho-te de abraços
Venero-te em desejos
Eu trilho teus passos
Tu me encantas ternura
Nosso amor não tem hora
Tu és a coisa mais pura
Que eu preciso agora
Dou-lhe meu carinho
Dedico-lhe uma canção
Não importa qual será o caminho
Levar-te-ei no meu coração
Tu és quem venero
Em sentimentos e ardor
Tudo que eu mais quero
É lhe dar o meu amor
(Altair Feltz)
segunda-feira, 17 de março de 2014
Noite Companheira
Noite Companheira
Hoje só tenho a noite como companheira
E quando converso com as estrelas falo de nós
Meus conselhos estão no livro de cabeceira
E quando eu durmo me abraça os lençóis.
O dia parece implorar para eu acordar
Da janela, as nuvens tentando me fazer sorrir
Após o banho só o café para me despertar
Enquanto espero meus passos me levar pra sair
O dia parece uma eternidade
Tento me distrair de todas as maneiras
Torcendo para que chegue o final da tarde
E voltar ter minha noite como companheira.
(Altair Feltz)
Assinar:
Postagens (Atom)